segunda-feira, 14 de setembro de 2020

FESTA DOS URSINHOS


FESTA DOS URSINHOS, quem nunca teve um ursinho na infância, que se transformou em seu melhor amigo.
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Cadê meu ursinho? – Os objetos de apego das crianças

Antes do “ursinho”, sabemos que o bebê faz uso de seu próprio corpo para se aliviar de excitações excessivas e reencontrar certo equilíbrio. Os bebês colocam seus dedos, punhos e os polegares na boca: explorando-os, estão estimulando uma zona de prazer oral e também se acalmando. São recursos iniciais que o bebê vai conquistando para lidar com as primeiras ausências, muitas vezes momentâneas, do cuidador, de suas mães.

Segurar a ponta do cobertor, uma fralda, algum objeto macio como um “ursinho” ou outro objeto escolhido pelo bebê é muito importante para ele. Apesar destes objetos serem exteriores ao bebê, ele os reinventa fazendo uso novo e muito importante de sua imaginação: o bebê recria o objeto, que passará a adquirir um novo significado para ele. O urso de pelúcia nunca mais será um urso de brinquedo qualquer, será o “seu ursinho”. O bebê recria e se apossa do objeto.

cadê o meu ursinho
O bebê assume direitos sobre o “seu objeto”, o famoso “ursinho” ou qualquer outro objeto que ela adote.

O objeto de apego
O bebê assume direitos sobre o “seu objeto”, o famoso “ursinho” ou qualquer outro objeto que ela adote. Muitas vezes ele até fica sujo, pois, se for lavado, pode perder o cheiro, mudar a textura e deixar de ser aquele objeto familiar do bebê. Alguns bebês ficam tão ligados ao seu “ursinho”, o objeto de apego, que precisam carregá-lo durante o dia, para lhe trazer conforto nas horas difíceis.

Esse objeto, chamado transicional, é carregado de significado e começa a surgir por volta dos cinco meses, permanecendo até os dois anos de idade, quando o bebê já tem internalizado uma imagem da mãe/cuidador.  São objetos que permitirão ao bebê se tranquilizar na ilusão da presença materna, estando a meio caminho entre ser parte do mundo interno do bebê e parte do mundo externo, da realidade.

A separação psíquica com a mãe
Caro Pai, saiba que o uso do objeto transicional indica um avanço no desenvolvimento do bebê, pois sinaliza que houve um início de separação psíquica da mãe.

A segurança que a mãe/educador, e principalmente o pai, oferece ao bebê é, em parte, transferida ao seu objeto de apego. O bebê, que, no início de sua vida, dependia absolutamente do cuidador, de sua mãe, para tranquiliza-lo física e emocionalmente, agora, com seu “ursinho”, é capaz de proporcionar a si mesmo certo alívio e sossego.

Em situações cotidianas mais perturbadoras, como o momento de adormecer ou na ausência da mãe, tais objetos funcionam como uma defesa contra a ansiedade de separação. E são também valiosos nos momentos em que o bebê está só ou irritado.

Nem todas as crianças têm um objeto de apego, mas este fenômeno transicional acontecerá de outra forma. Pode ser uma melodia, uma história, um hábito que o bebê repetirá no momento de ir dormir, constituindo uma defesa contra a ansiedade.

À medida que o bebê cresce, o “ursinho”, isto é, o objeto de apego vai perdendo seu significado inicial. Será transferido para outros contextos: o bebê entrará no mundo da fala, dos brinquedos, da boneca, das brincadeiras. Mas isso ainda levará algum tempo.

A necessidade do objeto de apego poderá reaparecer em idade mais avançada, em situações que perturbem emocionalmente a criança.

*Autora: Silvia Gomara Daffre, psicóloga, formada pela PUCSP em 1974; atua em consultório, atendendo crianças, adolescentes e adultos. Trabalha com assessoria e consultoria para a Primeira Infância (0 a 6 anos).silvia@silviamaterne.com.br / Tel.(11) 55752359

https://4daddy.com.br/cade-meu-ursinho/



 

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